junho 18, 2012

A Medicina do Brasil em Harvard

A MEDICINA DO BRASIL EM HARVARD (EUA)
 É muito importante destacar o alto nível docente de nossas Faculdades de Medicina. E como resultado desse alto nível, o indispensável entrosamento ou parceria com instituições internacionais no mais alto nível de excelência acadêmica.
Assim, no segundo semestre de 2011, a profa. dra. Izildinha Maestá, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UNESP/SP (FMB – Faculdade de Medicina de Botucatu), esteve no New England Trophoblastic Disease Center, na Harvard Medical School, importante centro de referência em estudos e tratamentos de doenças trofoblásticas gestacionais.

HARVARD MEDICAL SCHOOL
A Universidade de Harvard é uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo, sendo a mais antiga instituição de ensino superior dos Estados Unidos. É considerada a melhor universidade do mundo pelo INSTITUTE OF HUGHER EDUCATION SHANGHAI JIAO TONG UNIVERSITY. O Academic Ranking of World Universities, coloca Harvard em primeiro lugar e a Universidade de Stanford em segundo lugar.
Não sendo uma instituição pública, Harvard ostenta o reconhecimento por ser a universidade particular com a maior dotação financeira do mundo, o que a possibilita manter, sempre, o seu alto nível educacional com a mais avançada tecnologia. Apenas para registro histórico, destacamos que 7 presidentes dos EUA graduaram-se em Harvard: John Adams, John Quincy Adans, Rutherford B. Hayes, John F. Kennedy, Franklin Delano Roosevelt, Theodore Roosevelt e Barack Obama. Lembrando que Bill Gates (Microsoft) e Mark Zuckerberg (Facebook), também foram alunos de Harvard.
PÓS-DOUTORADO NA HARVARD MEDICAL SCHOOL
Nos Estados Unidos, a professora Maestá desenvolveu um programa denominado Postdoctoral Research Fellow, junto ao reconhecido especialista Ross Berkowitz. O objetivo era determinar genes relacionados ao aparecimento da Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG), através de análises de prontuários de pacientes e de pesquisas laboratoriais.
A NTG – como é conhecida no meio acadêmico - é uma doença que ocorre na placenta devido a defeitos no processo de fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Sendo certo que “o sucesso no tratamento da NTG depende muito do diagnóstico precoce. Como é uma doença no tecido gestacional, que cresce muito rápido, o tumor tende a se desenvolver da mesma forma”, afirma a professora Izildinha Maestá.
PESQUISADORA ASSOCIADA DE HARVARD
Sentadas: Izildinha Maesta (Postdoctoral Research Fellow), Kathleen Hasselblatt (Laboratory Manager and Teaching, Gynecologic Oncology Research Laboratory), Marilyn Bernstein (Coordinator of the New England Trophoblastic Disease Center). Em pé: Alex Ng (Director of Gynecologic Oncology Research Laboratory), Donald Goldstein (Director of the New England Trophoblastic Disease Center), Ross Berkowitz (Director of Gynecology and Gynecologic Oncology), Elias kevin (Medical Resident of the Department Obstetric and Gynecology), Whitfield Growdon (Professor Associate of Gynecology and Gynecologic Oncology
O estudo realizado pela professora Izildinha Maestá concedeu-lhe o título de Pesquisadora Associada de Harvard e, segundo a especialista, contribuiu de maneira significativa com o estabelecimento de colaborações entre os institutos da universidade norte-americana e o Centro de Doenças Trofoblásticas (CDT) do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMB. Já como conseqüência, temos a vinda em julho deste ano, do professor Ross Berkowitz à Botucatu, para ministrar uma disciplina aos alunos do programa de Pós-Graduação em Ginecologia.
A FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU – FMB, com seus jovens 50 Anos de existência mostra, com esse intercâmbio educacional com a mais antiga universidade dos EUA e reconhecidamente a melhor Universidade do Mundo, a importância da pesquisa médica acadêmica e a necessidade de parcerias positivas como essa para a produção científica e o avanço das técnicas no tratamento das doenças.
A FMB,em sua grade curricular, fez a inclusão de disciplinas referentes a esse tema (NTG) e faz a manutenção de um ambulatório específico para pacientes com doenças trofoblásticas que já atendeu cerca de 300 pessoas, com a publicação de 10 dissertações sobre NTG.
Assim, a professora Izildinha Maestá está orientando 3 trabalhos sobre GNT que estão sendo desenvolvidos no programa de Pós-Graduação em Ginecologia da Faculdade de Medicina de Botucatu.
RELATÓRIO DA PROFA.IZILDINHA MAESTÁ:
Meu Postdoctoral Research Fellow foi realizado no New England Trophoblastic Disease Center, Division of Gynecologic Oncology, Brigham and Women’s Hospital, Harvard Medical School, no período entre julho e dezembro de 2011. Durante este período, participei de Laboratory Meeting e Clinical Meeting sob a supervisão do Professor Ross Berkowitz. Nas atividades de pesquisa, analizei prontuários médicos de pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) para determinar fatores prognósticos relacionados ao tempo de remissão da NTG de baixo risco. Meu trabalho envolveu abstrair dados do database e de prontuários médicos e introduzi-los em planilha do Programa Excel bem como análise dos dados. Completa revisão dos dados clínicos de 424 pacientes com NTG de baixo risco registradas no New England Trophoblastic Disease Center foi realizada. Também trabalhei em pesquisa de laboratório como colaboradora do projeto intitulado Estudo da Resistência ao Metotrexate em Linhagem de Células de Coriocarcinoma realizado no Laboratório da Divisão de Ginecologia Oncológica / Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. Esta pesquisa tem objetivo de identificar quais genes estão relacionados ao desenvolvimento de resistência ao metotrexate.
            Em adição, fiz Curso de Inglês, CITI Program (Prograna de Educação de Etica em Pesquisa), Curso de Biossegurança (Course Online Environmental Health and Safety Training). Tive participação no XVI World Congress on Gestational Trophoblastic Disease realizado em Budapest, Hungria, nos dias 15 a 19 de outubro de 2011 com três apresentações de trabalhos (Oral presentation), sendo um destes com a colaboração da equipe do New England trophoblastic Disease Center.
      Muito importante para nós foi estabelecer futuras colaborações entre o New England Trophoblastic Disease Center e o Centro de Doenças trofoblásticas do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Botucatu /Unesp. Professor Ross Berkowitz participará da Disciplina Tópicos Especiais em doença trofoblástica gestacional em julho de 2012. Também existe interesse da equipe do New England Trophoblastic Disease Center em colaborar no trabalho em desenvolvimento “Gravidez Molar em Adolescentes – Características Clínicas, Evolutivas e Terapêuticas.” pelo Professor Ross Berkowitz (Director of Gynecology Oncology Division) e Professor Alex Ng (Acting Director of Gynecology Oncology Laboratory). Este título, sem dúvida, recompensou todo nosso trabalho lá desenvolvido e é um grande passo para novos estudos em conjunto, pois permite retornar para desenvolvimento de novos projetos.    
      Agradeço intensamente a maravilhosa oportunidade de fazer o postdoctoral research fellow em doença trofoblástica gestacional, com apoio da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Pró-reitoria de Pos-graduação /Unesp, do Laboratório Neogene-Faculdade de Medicina de Botucau/Unesp e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) .
 Professora Izildinha Maesta
Disciplina de Obstetrícia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMB-UNESP

4 comentários:

Delmanto disse...

Pesquisadora Associada em HARVARD!!! Não é fácil! É prova provada da qualidade da pesquisa científica no Brasil. A profa. Izildinha Maestá está de parabéns e a Faculdade de Medicina de Botucatu, também. O Brasil só alcançará seu pleno desenvolvimento quando a educação alcançar nível de excelência. Todos sabemos disso, só falta a vontade política das autoridades constituídas. A FMB está completando seus 50 anos de existência e já desfruta de grande prestígio em todo o Brasil. Os vestibulandos de medicina tem preferido o curso da FMB. Isso é um ótimo referencial. Valeu! Avante!

Anônimo disse...

O Brasil está passando por uma fase positiva em relação às mulheres empreendedoras. A presidente do Brasil é mulher, a presidente de nossa maior estatal – a Petrobras – é mulher e, agora, na área acadêmica universitária, a profa. Izildinha Maestá nos está dando esse orgulho de vermos o Brasil sendo tão bem sucedido na MELHOR universidade dos EUA. Às vezes, a demora e o trabalho silencioso dos pesquisadores não dão à pesquisa acadêmica o verdadeiro valor que tem, para o engrandecimento das instituições universitárias e como termômetro da excelência de nossas escolas superiores. Parabéns! (carlosantoniomascarenhas@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Êta nois!
HARVARD!
É um grande orgulho! Viva o Brasil!
(carla.bueno2011@bol.com.br)

Anônimo disse...

Muito importante essa interação de pesquisas acadêmicas. Os Estados Unidos parece ser o caminho preferencial dos universitários asiáticos. O Japão, a Coréia do Sul e principalmente a China realizam empenho especial, em todas as áreas de ensino, para poderem fazer esse intercâmbio científico. E os norte-americanos estão abertos a essa importante troca de experiências acadêmicas e aprendizado aperfeiçoado. O Brasil poderia ter, centralizado no Ministério da Educação, uma programação vinculada às principais universidades (públicas e privadas) para estudos de pós-graduação e de especialização nas Universidades de Harvard, Stanford e Columbia, por exemplo. O atual ministro Mercadante bem que poderia fazer essa importante ferramenta para o aprimoramento universitário, uma realidade. (bastosgustavo@yahoo.com.br)

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